Pesquisadores de psicologia da Universidade de West Virginia (WVU) descobriram evidências de uma base genética para o medo do tratamento odontológico. Cameron Randall e Daniel McNeil relatam que o medo e ansiedade relacionados com o atendimento odontológico são, em parte, devido a influências genéticas herdadas dos pais. O estudo é um dos primeiros a sugerir que a genética, além de fatores ambientais, pode ser uma base para pacientes que tem medo de tratamento dentário.
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A pesquisa demonstra que o medo da dor, um problema relacionado, mas diferente do medo de dentista, é também hereditário. Os autores descobriram que alguns dos genes que influenciam o medo da dor provavelmente também influenciam o medo de dentista, descoberta esta que fornece novas informações que esclarecem como o medo da dor pode contribuir para o desenvolvimento de medo de dentista.
Randall, um doutorando do Departamento de Psicologia da WVU, diz que o estudo fornece uma conceituação mais abrangente do medo relacionado com o atendimento odontológico, um conhecimento que pode melhorar o atendimento odontológico no futuro. “A conclusão mais importante deste estudo é que os nossos genes podem nos predispor a ser mais suscetíveis a desenvolver o medo de dentista, talvez através de variáveis relacionadas à dor”, disse Randall.
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O estudo utilizou uma nova abordagem para analisar a hereditariedade do medo de dentista em uma grande quantidade de participantes, com um grupo de dados de base familiar recolhidos através do NIH-funded Center for Oral Health Research na Appalachia. A pesquisa foi concluída em colaboração com o laboratório Anxiety, Psychophysiology and Pain Research Laboratory no Eberly College of Arts and Sciences, que é dirigido por McNeil.
O medo relacionado com o atendimento odontológico é relativamente comum, com os medos mais significativos afetando 10% a 20% dos adultos norte-americanos. Em níveis elevados, pode resultar em atrasos ou a completa evitação de tratamento dentário, o que tem consequências para a saúde bucal e geral dos indivíduos. Como resultado, os pesquisadores estão buscando compreender as causas e curas deste problema de saúde pública.
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“Esta informação, juntamente com uma compreensão bem documentada do importante papel de experiências anteriores e do ambiente em causar o medo dental, pode nos ajudar a desenvolver novas formas de tratar o medo odontológico e a fobia”, disse Randall. O estudo será publicado na Community Dentistry and Oral Epidemiology.
Leia o artigo na íntegra em inglês aqui.
(Fonte: ScienceDaily)