O livro “Insights em Ortodontia“, de Marcos Janson, foi lançado recentemente no Congresso da SPO (Sociedade Paulista de Ortodontia). A obra, o primeiro volume de uma trilogia prevista, contou com a colaboração de Eduardo Antonio Fanton e Francisco Honório da Silva Neto, e destaca-se no meio editorial pelo fácil manuseio, diagramação livre e de fácil entendimento.
Com quatro capítulos bem definidos, a obra foi classificada por Fanton – autor do prefácio – como “não complexa para iniciante” e nem “superficial demais para os experiente”. Marcos Janson pareia a atividade clínica com os alicerces teóricos para brindar o público com uma obra ímpar.
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Confira os temas abordados, no decorrer de quatro capítulos, no livro “Insights em Ortodontia”:
- Os pilares da prática: A Ortodontia é uma especialidade que tem um tempo longo de execução, nada é imediato e as alterações promovidas nos dentes e tecidos moles da boca e da face são morosas, mas previsíveis. Como essas modificações são lentas, o processo de aprendizado também o é, pois, durante o tratamento, pode-se perder a noção da posição original e o que está sendo gerado, perdendo um dos pontos fundamentais do aprendizado que é a relação de causa-efeito. O ortodontista tem que ser observador, paciente, sistemático e persistente, e uma das ferramentas mais importantes que tem a seu dispor é a fotografia. Essa, sim, permite observar a relação causal de um movimento dentário e seus efeitos e, assim, tem-se a possibilidade de sistematizar o processo. Obviamente, esse é o caminho dourado do aprendizado; porém, precisa-se percorrer uma longa estrada para dominar com mestria todas as diferentes situações e seus efeitos nas diferentes más oclusões existentes. Para encurtar o caminho daquele que se inicia nessa nobre arte ou que já o está trilhando, o estudo de casos clínicos e a sistematização dos seus efeitos é fundamental, pois permite associar aquilo que se vai tratar — com os seus objetivos oclusais, estéticos e anseios do paciente — com uma situação semelhante já tratada.
- Retratamentos, recuperação de espaços e mecânicas com molas de secção aberta: Nesse capítulo, são abordados retratamentos e casos que foram transferidos no meio do tratamento, com dois enfoques: por que a condução do caso estava caminhando de forma equivocada, como o conhecimento dos pilares da prática (Cap. 1) poderia ter impedido o equívoco e como corrigi-los. Em situações semelhantes, será vislumbrado que, quase sempre, tem-se mais do que uma solução para o caso e a melhor escolha é sempre aquela que entrega um excelente resultado e atinge os anseios dos pacientes, que podem ser o tempo de tratamento, o desejo de se manter somente dentes naturais na boca, o medo de procedimentos cirúrgicos e assim por diante.
- Agenesias de dentes inferiores (trabalho inspirado em post): É muito comum um paciente se apresentar para tratamento com agenesias de pré-molares. Em uma situação como essa, qual deve ser a nossa atitude? Isso varia muito, de acordo com o desejo do paciente. Há pacientes que querem resolver esse problema definitivamente, mas não querem colocar implantes. Nesses casos, podemos extraí-los e mesializar com mini-implantes; outros não se preocupam em colocar implantes, pois o foco deles é ficar o menor tempo possível de aparelho, assim sendo, podemos realizar toda a movimentação necessária e ao final preparar para os implantes, deixando os espaços adequados para pré-molares, mas há também aqueles que não querem fazer nada e nos perguntam se não podem ficar com os seus decíduos… minha resposta? Lógico que pode! Desde que saibam que, se um dia os dentes exfoliarem, o que é perfeitamente normal, eles deverão ser substituídos por implantes, que podem perfeitamente ser do tamanho dos dentes decíduos.
- Expansão dos arcos dentário em Ortodontia (trabalho inspirado em post): A expansão dos arcos dentários sempre foi uma meta desejada na ortodontia, principalmente pelos benefícios estéticos dentre muitos outros. As técnicas avançaram de tal maneira que, hoje em dia, quase tudo é possível. Podemos expandir com os expansores tradicionais (Haas, Hyrax, bihélice e quadrihélice), com MARPE (ancoragem esquelética), com fios de nivelamento, assistida cirurgicamente ou mesmo multisegmentada com cirurgia ortognática. A pergunta é: como eu escolho o método para o meu paciente? Apesar de me valer de todos os aparelhos disponíveis, meu objetivo é sempre ser o menos invasivo possível. Veja na página ao lado os meus critérios:
1. Pacientes com mordida cruzada ou não, em idade com prognóstico altamente positivo de abertura (até os 18 anos) – ERM
2. Pacientes com mordida cruzada, com prognóstico favorável, mas com margem de dúvida (dos 18 aos 25 anos) e que tenham o periodonto com boa faixa de gengiva ceratinizada nos dentes posteriores – ERM ou ELM com Hyrax
3. Pacientes com mordida cruzada, atresia esquelética, com ausências dentárias, perdas ósseas, pouca faixa de gengiva ceratinizada – MARPE
4. Pacientes sem mordida cruzada, com arco atrésico, adultos – Expansão com arcos de nivelamento e, às vezes, com arco auxiliar (arco cavalgado). IMPORTANTE – Não se esqueça que, nessas situações, ambos os arcos devem ser expandidos (superior e inferior).
5. Pacientes que apresentam atresia maxilar esquelética e que irão se submeter à cirugia ortognática por outros motivos – Maxila Multisegmentada.
6. E a expansão assistida cirurgicamente? Devido a abundância de recursos que temos, não indico mais.
Obtenha mais informações sobre a obra aqui.