Iniciativa começou em Curitiba, em 1958, e tinha como principal intuito diminuir a incidência de cárie na população; fluoretação se tornou obrigatória em âmbito nacional, apenas em 1974
A busca por reduzir a cárie dentária, uma das doenças de maior prevalência na humanidade, levou à aplicação do flúor nas águas para abastecimento público. No Brasil, Curitiba foi a primeira capital do país a ter este benefício. A fluoretação, segunda gerente de Avaliação de Conformidades da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), Cynthia Malaghini, foi iniciada em 20 de outubro de 1958, na Estação de Tratamento de Água do Tarumã, a primeira do Paraná.
“Na época, os sistemas de abastecimento de águas no Estado eram operados pelo Departamento de Água e Esgoto, órgão vinculado ao Estado, pertencente à Secretaria de Viação e Obras Públicas”, destacou.
Ela relata que, entre 1962 e 1971, mais cinco cidades tiveram suas águas fluoretadas: Cornélio Procópio (1962), União da Vitória e Maringá (1969), Jacarezinho e Umuarama (1971). Por lei, a fluoretação se tornou obrigatória em todo o território brasileiro em 1974.
A gerente relata que, atualmente, a Sanepar mantém a fluoretação para abastecimento público em 544 sistemas, o que representa mais de 99% da área de atuação da Sanpear. “A fluoretação pode ajudar na redução na prevalência de cáries em até 60% e é uma obrigação legal. Esse processo depende das características da água in natura, sendo que algumas já podem vir com flúor naturalmente”, explicou.
A fluoretação pode ajudar na redução na prevalência de cáries em até 60% e é uma obrigação legal. Esse processo depende das características da água in natura
A companhia realiza, por mês, cerca de 91 mil análises de flúor na saída do tratamento e 14 mil análises de flúor na rede de distribuição. “A inserção do flúor nas águas de abastecimento público é uma das maiores conquistas da população na prevenção da cárie. Estudos nacionais e internacionais mostram que a medida reduz em até 60% a incidência da doença cárie e isso é uma ação eficaz de saúde pública”, explicou o secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi.
Segundo ele, o Paraná também amplia os efeitos benéficos do flúor na saúde bucal com a distribuição de saches para bochecho com flúor nas escolas.
–> Com informações de Thays Poletto, da assessoria de imprensa Sanepar <–