A síndrome de Down é uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida comotrissomia 21.
A Síndrome de Down foi descrita em 1866 por John Langdon Down. Esta alteração genética afeta o desenvolvimento do indivíduo, determinando algumas características físicas e cognitivas. A maioria das pessoas com Sindrome de Down apresenta, a denominada trissomia 21 simples, isto significa que um cromossomo extra está presente em todas as células do organismo, devido a um erro na separação dos cromossomos 21 em uma das células dos pais. Este fenômeno é conhecido como disfunção cromossômica. Existem outras formas de síndrome, como, por exemplo: mosaico, quando a trissomia está presente somente em algumas células, e por translocação, quando o cromossomo 21 está unido a outro cromossomo. Algumas peculiaridades na anatomia e fisiologia bucal aparecem um pouco diferentes nesses pacientes, o que os tornam mais sujeitos a desenvolverem problemas nessa região. Por causa disso, eles são considerados, na Odontologia, pacientes especiais e necessitam de um atendimento diferenciado.
As crianças, jovens e adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.
Quando falamos em Sindrome de Down, existem poucas preocupações acerca da saúde bucal, já que algumas desordens acabam se sobressaindo com relação aos cuidados bucais. Mas os cuidados com esses pacientes devem começar bem cedo, já no primeiro mês de vida, segundo a presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar (CRO-RN), Maria Cecilia Aguiar, “…a criança com Síndrome de Down deve iniciar o acompanhamento odontológico no primeiro mês de vida para evitar ou controlar os problemas bucais comuns e também para se acostumar ao ambiente e técnicas sem que haja a necessidade futura de anestesia geral ou sedação”.
Alguns tratamentos ajudam bastante no crescimento sadio de crianças com Down, como é o caso da Placa Palatina de Memória. A função da placa é estimular a língua e o lábio superior para que eles se posicionem adequadamente e estimulem o desenvolvimento da respiração nasal e contribuam para o processo de deglutição, fala e mastigação. O momento mais indicado para este tratamento é logo no primeiro ano de vida, já que o desenvolvimento bucal e do sistema nervoso central ocorrerem em grande parte neste período. A placa é usada como uma estimulação corporo-oro-facial e é especialmente desenhada para pacientes com diagnóstico funcional de hipotonia, com protusão lingual , hipotonia labial, e permanência deboca aberta.
Além disso, é muito importante que as pessoas com Sindrome de Down cresçam e se estabeleçam independentes, portanto, ensinar a manter um hábito saudável, com uma boa higienização bucal, surtirá um efeito muito positivo no futuro.
Fontes: Saude.Terra / Fundação Síndrome de Down